Casa F22
Localização:
Igrejinha, Rio Grande do Sul
Ano:
2022
Área construída:
314 m²
Projeto arquitetônico:
Studio Bloco Arquitetura
Interiores:
Studio Bloco Arquitetura
Paisagismo:
Studio Bloco Arquitetura
Engenharia:
Luciano Neu
Imagens:
Marcelo Donadussi
Situada em condomínio fechado, a Casa F22 foi projetada para atender aos desejos dos clientes de ter uma construção reservada, pouco exposta às áreas comuns do loteamento e própria para contemplar a vista do local. Implantada em um generoso lote de canto, que exige consideráveis recuos, a residência é composta por dois volumes sobrepostos e deslocados entre si, ressaltando a distinção entre os pavimentos. O térreo se apresenta como um volume sem comunicação com o exterior desde a fachada frontal, visando a privacidade almejada pelos moradores, enquanto no pavimento superior uma treliça metálica resguarda as esquadrias sem impedir a entrada de luz natural.
Para alcançar franca integração dos ambientes sociais, a solução adotada envolve um vão livre de 11 metros, viabilizado com o uso de laje em concreto protendido, possibilitando grandes aberturas sem bloqueios visuais. Dessa forma, os ambientes da sala de estar, jantar, gourmet e varanda estão totalmente unidos. Ainda no nível inferior, mas implementados de maneira reservada, o programa abrange lavanderia, despensa e lavabo.
Na área externa, a piscina, que contém raia e spa, abraça a casa junto à varanda gourmet e é interface de comunicação entre a parte construída e o estar do jardim, desenhado para ser um ponto de paz e contemplação da natureza.
A escada posicionada logo ao lado da porta principal encaminha os moradores à área íntima da edificação, que tem como grande destaque o escritório vinculado ao pé-direito duplo, com divisórias envidraçadas e vista para o vale. A mesma visual também pode ser desfrutada desde a suíte master, que conta com sala de banho e closet, enquanto os demais dormitórios, do tipo suíte americana, têm as janelas voltadas para a face oposta.
A materialidade predominante mescla a madeira, utilizada como revestimento do volume inferior, e as alvenarias com acabamento em pintura branca, permitindo que a treliça metálica exiba seu protagonismo mutante, que será transformado à medida que a vegetação trepadeira for crescendo.